Victorino: “Enquanto o Cruzeiro precisa de 38 jogos para ser campeão, eu só preciso de um”

O zagueiro palmeirense Victorino é fantástico. Passou o ano inteiro se tratando no departamento médico, aprendeu a jogar todos os tipos de jogos de cartas, se formou em medicina – de tão acostumado, passou a se tratar sozinho -, e quando entrou em campo, também entrou para a história. O defensor de vidro enfrentou a Fiorentina em sua estreia pelo Verdão, levantou a taça Julio Botelho e se tornou o primeiro jogador a ter a média de um título por jogo.

O fato fez com que o novo astro do mundo da bola entrasse para o livro dos recordes: “A matemática do futebol simplifica as coisas e transforma alguns jogadores em mitos. Foi o que aconteceu comigo. Entrei para o livro dos recordes por ter a melhor média de títulos por partida da história. Isso é fruto do trabalho dos médicos e todo o DM. Sem dúvida a partida contra a Fiorentina foi a minha melhor apresentação nesses três últimos anos. Aliás, foi a única (risos)”, brincou.

Apesar da piada, o ponto mais alto da entrevista ainda estava por vir. O gênio da zaga encontrou motivo para provocar seu antigo clube, que lidera o Brasileirão: “Enquanto o Cruzeiro precisa de 38 jogos para ser campeão, eu só preciso de um. Os dirigentes devem estar bem arrependidos por terem me dispensado”, afirmou.

No contrato de produtividade estabelecido pela direção do Palestra, Victorino é o mais bem pago. Quem confirmou a informação foi o próprio presidente Paulo Nobre: “Além da média incrível, ele joga pouco e não atrapalha o time como o Wendell e as outras tranqueiras do elenco. Por isso, merecidamente, é o mais bem pago”, disse.

Apesar da festa, Victorino vive um drama. O zagueiro sentiu o ombro ao levantar a taça e só volta em 2015.