Oléspecial: O Dia da Independência

Oléspecial: O Dia da Independência

Crise política no Brasil. De um lado os defensores do governo português, conhecido como PT; do outro, os que defendiam um rompimento com a ordem vigente, querendo que a colônia se libertasse das garras lusitanas. Briga na rua, fogo no lixo e pancadaria aplicada pela polícia. O ano? 1822. Ano da Independência.

A instabilidade teve origem quando no início do ano, em reunião que discutia assuntos internacionais de suma importância, como o preço do açúcar, os impostos cobrados na colônia e as datas do calendário de futebol, Dom Pedro recebeu uma convocação para retornar a Portugal. Lá ele seria obrigado a seguir as ordens da Europa, incluindo a janela de transferências, as data Fifa, a obrigação do escanteio curto e outras imposições feitas pelos gringos. Foi então que Dom Pedro mandou o seguinte decreto:

O criador do decreto
O criador do decreto

“Diga ao povo brasileiro que fico! A Europa que me descubra pois vou meter um mim acher (sic) e ficar neste país que amo. Pode trazer o danone duplo que brindaremos! Ao Brasil! Ao Tite! Ao Futebol moleque e dibrador (sic) que reina por estas terras! Eu fico! Cumpra-se.”

Hoje um dos principais jogadores em atividade no país hoje, Zé Roberto lembra muito bem como foi o impacto dessa declaração: “Eu ainda era jovem e estava batendo uma bolinha com o Paulo [Baier], quando teve um plantão e transmitiram o decreto de Dom Pedro. Ficamos muito felizes. Mas hoje sabemos que foi graças a esse rompimento que o Brasil tem uma janela de transferências diferente da Europa, na época ninguém tinha entendido isso”, finalizou Zé.

O decreto de Dom Pedro assustou os representantes dos estados de SP e MG então ele viajou para a região, visando acalmar os líderes do governo. Justamente durante a viagem, Dom Pedro recebeu uma carta de Portugal onde o líder do governo, José Mourinho, exigia a volta imediata e a anulação do decreto feito anteriormente. Dom Pedro estava às margens do Rio Ipiranga, a caminho de Santos, onde além de pegar uma cor e uma morena, assistiria o clássico das Praias – Portuguesa Santista x Jabaquara – e então pegou sua espada, bradando a plenos pulmões: “Independência ou Morte!”

Famoso quadro de Romero Britto
Famoso quadro de Romero Britto

Renato, atual volante do Santos, se recorda do momento histórico: “Eu ainda era jovem, também estava indo assistir ao clássico das Praias quando vi um vuco-vuco, um maluco de espada gritando enquanto outro pintava um quadro. Achei aquilo tudo engraçado e só depois descobri que estava vendo a história ser escrita”. Era 07 de setembro de 1822.

Meses depois, em dezembro de 1822 foi agendada a nomeação de Dom Pedro para imperador, visto que Adriano estava desaparecido na Vila Cruzeiro. Para celebrar o momento houve uma partida festiva entre Amigos de Dom Pedro x Inimigos da CP (Coroa Portuguesa). A vitória, claro, ficou com o time de Dom Pedro, com 2 gols de Paulo Baier, além de Rogério Ceni ter pego um pênalti.

O que pouca gente sabe é que o time da Coroa Portuguesa saiu na frente, abrindo o placar com gol de Roberto Leal. Para não estragar a festa de Independência, Dom Pedro mandou apagar todas as velas do estádio, alegando um “problema de energia”. Após o time nacional se recompor, as velas foram acendidas novamente e o time Amigos de Dom Pedro virou a partida. Esse truque ficou conhecido como “Apagar os Refletores” e permanece sendo homenageado no estádio Independência, em Minas Gerais, até hoje.

Diferente do que muitos livros de História ensinam, esta é a quase verdadeira história do Dia da Independência!

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