Por onde anda: Paulo Baier

Por onde anda: Paulo Baier

A seção “Por Onde Anda” mostra o que os ídolos do esporte mais apaixonante do mundo fazem depois de largarem o futebol. Quer matar a saudade do seu ídolo? Leia “Por Onde Anda”.

Paulo César Baier nasceu em Ijuí, em 1400 e alguma coisa. O jogador se aposentou (MUITO CEDO) defendendo as cores do São Luiz de Ijuí, em 2016, quando completou simplesmente 345 anos de carreira.

Formado nas categorias de base do Jardim do Éden Esporte Clube, Baier teve uma passagem marcante pelo Clube de Regatas 12 apóstolos. O meia jogou várias Copas do Mundo da Antiguidade, destaque para a edição de 1000 a.C. Um dos seus grandes feitos foi nunca ter abandonado o esporte, dando apenas uma curta parada durante o grande dilúvio, por falta de gramados de qualidade. Outro destaque da carreira do gênio foi trazer o futebol para o Brasil, onde formou, com Charles Miller, uma dupla de bastante sucesso.

Descobrimento do Brasil

O ano era 1500. O garoto Paulo Baier, que completara 22 anos, estava prestes a presenciar um dos principais momentos da história do Brasil. O ex-atleta ainda lembra do dia em que as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegaram ao litoral da Bahia, local onde o gênio curtia férias:

“Estávamos na praia quando chegaram navios de fora. Fiquei muito curioso e fui recepcionar aqueles rapazes. Só depois descobrimos que eram portugueses”, contou certa vez, em tom saudosista.

Baier ainda criticou o termo “Descobrimento do Brasil” e acusou os portugueses de roubarem uma de suas ideias. “Quem descobriu o Brasil foi a nossa turma. Eu, Ceni, Zé Roberto, Magno Alves… Os portugueses chegaram aqui quando a gente dominava. Além disso, eu e o goleiro Harlei demos o nome de Monte Pascoal. Eles roubaram a nossa ideia e saíram espalhando que era deles. Uma palhaçada. Por isso recusei defender Portugal na Copa de 1966, havia muito ressentimento ainda”, finalizou.

Mito já naquela época, Baier jogou um tempo para cada time na partida Amigos de Cabral x Amigos de Caminha.

Vida amorosa

Paulo Baier sempre foi reservado, mas recentemente vazaram informações sobre o desabrochar do menino Baier, inclusive com um relato inédito descoberto por arqueólogos. Trata-se de uma carta de amor escrita por Cleópatra, primeira namorada de Paulo Baier, em papiro, na qual se declara ao atacante: “Meu amor, ainda me lembro do dia em que você tinha cabelo. Apesar de você ser um pouco mais velho do que eu, meu amor nunca acabará. Não importa o que a minha família diz, meu destino é ficar com você. E vê se marca um gol para mim, seu lindo”, diz um trecho da carta.

 Criação da CBF

A entidade que regula o futebol brasileiro teve origem quando Paulo Baier começou a jogar bola no Brasil, junto com seus amigos durante as Capitanias Hereditárias: Rogério Ceni, Zé Roberto, entre outros. As partidas ficaram sérias e diversas figuras importantes assistiam às pelejas, como Pero Vaz Caminha, Tomé de Sousa, Padre Manoel da Nóbrega, entre outros. Essas disputas ficaram conhecidas como o Clube Baier de Futebol, atualmente, CBF. Foi justamente durante uma destas partidas que Jules Rimet observou a genialidade do menino Paulo e o convidou para ser embaixador do futebol no mundo.

Copa do Mundo

Jules Rimet estava tentando criar uma disputa entre os principais países do mundo, mas não conseguia convencer os governantes a criarem uma competição internacional, devido ao clima da Primeira Guerra Mundial. Enquanto estava no Brasil, durante o Carnaval, Jules ficou sabendo do sucesso do Clube Baier de Futebol e, ao assistir às jogadas de Paulo, decidiu que ele deveria rodar o mundo mostrando a magia do futebol e contagiando os países para finalmente ser criada a Copa do Mundo. Paulo rodou diversos países, e em um deles o sucesso foi estrondoso: a Alemanha.

Alemanha

Os alemães não gostavam de futebol. Quando Baier começou a mostrar suas habilidades em praças públicas, rodando entre as principais cidades, a magia da bola contagiou os germânicos, que descobriram que Paulo veio do Brasil, país na época chamado pelos alemães de “Terra da Bunda”. A partir daí, a alemãozada se apaixonou pelo esporte. Quando os alemães criaram a primeira competição nacional, a homenagem ao Brasil e a Paulo Baier era inevitável: foi criada a Bundesliga e diversos times como o (Paulo) Bayern München e o (Paulo) Bayer Leverkusen. Foi justamente graças ao sucesso no país da cerveja que Paulo Baier foi indicado para o primeiro prêmio do futebol mundial: o Bola de Ouro.

A primeira Bola de Ouro

O ano era 1931. O mundo ainda sofria com a guerra – cuja verdadeira origem foi uma disputa entre países para nacionalizar Paulo Baier para a futura Copa do Mundo – quando foi criada a ideia de reconhecer os melhores jogadores em todo o planeta.  O prêmio seria chamado “Baier de Ouro”, mas humildemente Paulo pediu para ser chamado de Bola de Ouro. Claro que Baier venceu a disputa. Em seu discurso, o jovem disse que não queria mais ser indicado, para permitir que outros jogadores pudessem ser estimulados a jogar melhor e vencer o prêmio. Foi justamente saindo da premiação que Paulo viu um menino triste e disse: “Jovem, não chores. Substitua essa lamúria por alegria nas pernas. Fique com essa bola autografada e comece a jogar.” Esta frase pode ser vista em qualquer biografia não-autorizada de Pelé.

Vídeo Game

Em 1994, no auge dos 16 bits, surgiram os maiores games de todos os tempos – ao lado de Pitfall e Pacman – e, simultaneamente, uma das maiores rivalidades do mercado: de um lado, o  Fifa Soccer, da Electronic Arts; do outro, o International Superstar Soccer, da japonesa Konami.

Neste ano, se destacava um menino de 142 anos. Paulo Baier desfilava seu talento e desenvoltura com a camisa 10 do Real Madrid. Brilhando na Europa, na mira de praticamente todos os grandes clubes do Velho Continente e manchete de todos os jornais, Baier chamou a atenção da EA, que criou o jogador perfeito do game com seu nome.

O diretor da empresa, Alex Lalas, disse que a ideia de criar um jogador perfeito foi essencial para a divulgação do jogo: “É um atrativo que se cria, é a criação de um mito. Eu afirmo com absoluta certeza que o Fifa Soccer e o Fifa atual não seriam nada sem o Paulo Baier que foi criado lá em 1994”, disse.

Para bater de frente, a Konami também criou um mito. Sandro Hiroshi, desenvolvedor da empresa, explicou que naquela época tentaram criar um jogador como o Paulo Baier: “O Allejo foi criado para rivalizar com o Paulo Baier, mas era impossível. Primeiro porque o Paulo Baier existia e levava multidões aos estádios, os torcedores já tinham identificação. Segundo porque era impossível igualar a qualidade técnica do jogador da EA”, admitiu.

Títulos como jogador

Todos, incluindo o de jogador mais bonito da história. Várias vezes.

Aposentadoria e futuro

Paulo Baier deixou o futebol precocemente, após apenas pouco mais de cinco séculos como profissional. O gênio já não estava mais desfrutando do esporte e da sua dura rotina.

Atualmente, Baier está treinando, já que, na cabeça do craque, ainda existe a possibilidade de voltar a jogar daqui a alguns anos: “Sou muito novo, não posso descartar um retorno aos gramados”, disse.

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