Sem torcida, vendedores ambulantes dos jogos do Botafogo pedem socorro: "Estamos passando fome"

Sem torcida, vendedores ambulantes dos jogos do Botafogo pedem socorro: “Estamos passando fome”

Você já deve ter ouvido nos estádios algumas frases como “olha a pipoca”, “olha o cachorro quente”, “cervejinha gelada”, “chapeu, sapato ou roupas usadas, quem tem?”. Contudo, nos jogos do Botafogo, os ambulantes responsáveis por proferir essas tão comuns e tradicionais expressões não tem mais nem forças para tal. Ocorre que os jogos do clube alvinegro não reúnem nem 70 pessoas por partida, fato que traz como consequência a evidente falta de clientes e a diminuição da venda de produtos por estes profissionais.

Giovânio Castro, o Isopor, 55, vende lanches numa barraca com vista privilegiada para a entrada do Maracanã. Pai de cinco crianças e com duas namoradas – além da esposa -, Isopor disse que precisa encontrar uma solução para obter o sustento da família: “Estou passando fome, está complicado. Eu só tenho permissão para trabalhar nos jogos do Botafogo e estou sem dinheiro para pegar o ônibus de volta. Só pedimos aos organizadores que nos transfira para qualquer outro jogo, pode ser até do Barueri, do São Caetano. Não precisa ter uma multidão, basta ter alguns clientes”, suplicou.

A reportagem do Olé do Brasil visitou o local em dias de jogos durante dois meses e encontrou trabalhadores em situações degradantes. Uns fracos, outros desidratados, alguns até mesmo ouvindo funk, mostrando o verdadeiro fundo do poço que um ser humano pode chegar.

Sem títulos há muito tempo, a torcida do Botafogo vem diminuindo constantemente e hoje é menor do que a bunda do Hulk, segundo dados do Data Olé.

Dica do Marcio Rufino e Cone Santos.

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