DEBATE! Presidenciáveis discutem principais pontos do futebol brasileiro

DEBATE! Presidenciáveis discutem principais pontos do futebol brasileiro

As eleições se aproximam e a disputa na corrida presidencial está cada vez mais intensa. Visando auxiliar o eleitor a tomar a decisão com maior clareza e segurança, o Olé do Brasil moderou um debate fictício com os principais candidatos a Presidência da República, focando naquilo que o eleitor mais precisa saber: como vai ficar o futebol brasileiro a partir de 2019? O debate foi conduzido pelo jornalista Mauro Cezar Beting Coelho Kfouri Maranhão Calçade Oliveira Bueno Junior e os temas foram aprovados previamente pelos assessores inexistentes de cada candidato.

O Olé espera que a discussão auxilie o eleitor a tomar a melhor decisão para o futuro do país. Confira os melhores momentos:

– Boa noite telespectadores e torcedores que acompanham o futebol brasileiro. Hoje daremos início ao principal debate sobre a corrida presidencial, muito mais importante que o Roda Viva, o Jornal Nacional, o debate na Globo e que o Masterchef. Chegou o momento do Debate Olé do Brasil. Vou dizer um tema e cada candidato dirá o que pensa e o que propõe sobre o futebol brasileiro. Lembrando que as respostas não tem direito a acréscimo e nem a VAR. Falando em VAR, este é o primeiro tema.

Bolsonaro: Boa noite, tá ok? É lógico que eu sou a favor do VAR. Sou a favor também de varrer a corrupção do futebol brasileiro e já falei com o Paulo Guedes para ter um plano econômico que permita a CBF a implantar o VAR no Brasil. E também sou a favor de armar o juiz, para caso os jogadores irem pra cima dele, ele possa pacificar o jogo, tá ok?

Marina Silva: Boa noite. No Acre a gente já usa uma versão do VAR, o único problema é que não tem ninguém para disputar os jogos, mas no governo do presidente Lula, eu já estava implantando uma versão ecológica do VAR, que era feita de bambu.

Ciro Gomes: Boa noite telespectador, expectador, torcedor e admirador do esporte bretão. O VAR é o futuro, mas ninguém diz e isso precisa ser dito. E VAR está dentro da palavra Harvard, onde estudei um projeto para o Brasil, cidadão e cidadã, torcedor e torcedora. A dicotomia ululante que acompanha a cancha nos estádios, arenas, ginásios por todo o país precisa do VAR, assim como vi em Harvard.

Alckmin: Boa noite telespectador. Olha, o meu partido, o P-S-D-B, é a favor do V-A-R. Inclusive durante o meu governo no estado de São Paulo, eu já estou discutindo com a Federação Paulista de Futebol, a F-P-F, para implantar na competição estadual, que é o Paulistão, assim que acabarmos as obras do metrô.

Haddad: Boa noite telespectador e boa noite ao presidente Lula, que deveria estar aqui nesse debate em vez de mim, mas o presidente Lula mandou dizer que somos a favor do VAR, menos nos jogos do Corinthians, porque o Corinthians é o time do povo, e o Lula é o povo, eu sou o Lula, logo o povo sou eu e o povo é o Lula.

Boulos: Boa noite aos eleitores, boa noite aos candidatos que são 50 tons de Ricardo Teixeira. Eu sou a favor do VAR e vou implantar o VAR especialmente nas competições dos ricos, como a Champions League, a Premier League e o Gaúchão. E como as salas do VAR ficarão vazias quando não tiver jogos, vamos ocupa-las com as famílias brasileiras carentes.

Daciolo: Boa noite fiéis, ao Senhor Jesus, a Deus Jeová que está nos céus zelando pelo povo brasileiro enfrentar a maçonaria e a Iluminatti que comandam o futebol brasileiro. Eu sou a favor do VAR, a favor de Cristo, a favor do jejum, glória a Deus, porque está escrito na bíblia em Ronaldinho, capítulo 2, versículo 5: Dibrarás a corrupção no futebol brasileiro, glória, com a implantação do VAR, amém.

– Obrigado candidatos. Agora o tema é: Escanteio Curto.

Bolsonaro: Eu sou contra o escanteio curto, tá ok? Inclusive nas escolas militares que eu vou implantar, nas aulas de Educação Física, vai ser proibido cobrar escanteio curto. Depois vai ser proibido nos estádios e até no videogame, tá ok?

Marina Silva: Eu sou a favor do escanteio curto, porque às vezes o atleta não está muito bem nutrido, e não tem força para cobrar o escanteio na área. Por isso no meu governo, o escanteio poderá ser cobrado, curto, médio ou longo, como já está sendo feito no Acre. Mas ninguém sabe disso porque ninguém assiste o campeonato Acreano.

Ciro Gomes: Esse tema é mais complexo do que o eleitor ou a eleitora pode saber, como vi em Harvard. O escanteio, na verdade, pode ser curto, curtíssimo, médio, longo, longuíssimo, no primeiro pau, no segundo pau, cobrado num ângulo oblíquo obtuso fechado côncavo de 45 graus. No Ceará, eu criei o programa que ensinava os jovens a fazer uma conta simples de álgebra quântica e por isso, segundo um levantamento no instituto de Pesquisas Gomes do Ceará, o jovem saía da escola cobrando o melhor escanteio que o Brasil já viu.

Alckmin: O escanteio curto foi implantado no governo do P-T e justamente por isso eu sou contra. Quando eu governei São Paulo, raramente se via uma cobrança de escanteio curto, porque o meu partido, o P-S-D-B era contra, mas vou aproveitar o meu tempo de TV para ensinar os atletas a como cobrarem um escanteio longo.

Haddad: Eu sou a favor do escanteio curto, porque o povo pode cobrar o escanteio como quiser, segundo me disse o presidente Lula. Inclusive vou implantar o programa Meu Escanteio, Minha Vida, com ajuda do presidente Lula, para permitir o jovem cobrar o escanteio como quiser, e claro, como o presidente Lula quiser.

Boulos: O escanteio pode ser curto, pode ser longo, o que não pode é ser rico, porque se o escanteio for rico, eu vou taxá-lo, e lembrando que durante os jogos, o local do escanteio fica vazio, e se está vazio, podemos ocupar com uma ou duas famílias brasileiras que não tem moradia.

Daciolo: Escanteio curto é coisa da maçonaria, glória a Deus, aleluia. Quando eu estive no monte, fazendo jejum, ficou claro para mim que o escanteio curto deve ser proibido, porque na bíblia não fala nada do escanteio curto, aleluia. Por isso é a Nova Ordem Mundial que quer implantar isso, e nós vamos impedir, em nome de Jesus Cristo, amém.

– Agradeço as respostas. Vamos falar agora de algo que preocupa o eleitorado. Mata-mata ou pontos corridos?

Bolsonaro: Claro que sou a favor do mata-mata, tá ok? Quem tem que correr é o bandido, e não o ponto, então no meu governo e do Paulo Guedes, vamos implantar o mata-mata em todas as competições, até no Interclasses das escolas militares.

Marina: O mata-mata é violência, e eu sou contra, mas posso fazer um plebiscito e de acordo com o que o povo pensar, eu mudo a minha opinião. Enquanto eu fui ministra no governo Lula, eu era contra, mas agora posso ser a favor, quem sabe?

Ciro Gomes: Observando analiticamente com meus estudos realizados durantes anos para a construção de um projeto para esse país, vi que as ações praticadas durante a atividade esportiva conhecida popularmente como futebol, nas principais competições do mundo, como a Premier League, a Ligue 1, a La Liga, são todas de pontos corridos, então no Brasil também será. Inclusive no Ceará o campeonato estadual já é de pontos corridos, porque é o melhor estado do país, praticamente uma Nova Iorque nordestina.

Alckmin: Olha, o mata-mata é necessário, mas os pontos corridos também agradam o povo, como vi durante o meu governo no estado de São Paulo. Por isso, eu e o meu partido, o P-S-D-B, vamos implantar as duas coisas, com o apoio dos partidos que formam a minha coligação, como o P-P, o P-R, o P-R-B, garantindo essa forma no campeonato nacional, que será chamado de Campeonato do Centrão.

Haddad: O mata-mata é democrático, porque dá chance ao time mais pobre vencer o time mais rico e ser campeão, como me explicou o presidente Lula. Então durante o meu governo o mata-mata vai voltar, porque o povo quer, e eu ouço a voz do povo e a do presidente Lula, até porque o Corinthians já ganhou competições mata-mata durante o governo PT.

Boulos: A competição com a eliminação é algo que favorece apenas os mais abastados do país, como os times que tem a bolsa-banqueiro, que conseguem comprar os melhores jogadores e então eu vou colocar um imposto nesses times ricos, arrecadando dinheiro para os times mais pobres conseguirem comprar jogadores bons e ter mais equilíbrio na competição.

Daciolo: Mata-mata não é de Deus, glória, como está escrito na bíblia, que só podemos matar os pagãos, os muçulmanos e os maçons da Iluminatti que compõem a Nova Ordem Mundial do Foro de São Paulo que quer transformar a América Latina na Ursal, aleluia, que eu sou contra, glória, amém.

– Candidatos, estamos chegando no fim do nosso debate. Mas vamos falar de uma questão que já está afligindo a torcida brasileira. A final da Libertadores em campo neutro e único a partir de 2019. Qual vossa opinião?

Bolsonaro: Esse tema eu não posso falar porque não escrevi aqui na minha mão, e o Paulo Guedes não me falou nada. Mas se o PT for a favor eu sou contra, e se eles forem contra eu sou a favor, tá ok? O importante é que se um elenco brasileiro chegar a final, é que eles estejam armados para enfrentar a torcida adversária que joga copo de mijo neles, aí eles podem dar uns tiros pra cima e evitar a confusão, tá ok?

Marina: A Libertadores em final única é tão ruim quanto o campeonato do Acre. Nesse ponto a educação é importante, porque eu sou um fruto dessa educação tardia, e só com educação o povo vai perceber que a Libertadores assim é muito ruim, e nada ecológica, já que os dois times vão ter que viajar, usar combustível e poluir os nossos céus.

Ciro: O projeto de uma final, ou decisão, em um jogo único, conhecido também como partida decisiva disputada num campo marcado pela neutralidade, foi algo que vi em Harvard, enquanto minha família governava o Ceará. A Libertadores tem que ser democrática e caso a gente não consiga mudar isso, a final tem que ser em Fortaleza, onde fui prefeito e transformei na melhor cidade do Brasil.

Alckmin: Olha, a final da Libertadores foi decidida pela Con-Me-Bol, e não pela C-B-F, e durante o meu governo no estado de São Paulo, me posicionei contra, conforme alinhado com o meu partido, o P-S-D-B. Vamos enfrentar a Con-me-Bol, assim como enfrentei os professores, com muito carinho.

Haddad: Conversei com o presidente Lula sobre esse tema e claramente sou contra, porque a final tem que acontecer no nosso país. Imagina se o Corinthians chega de novo na decisão e o presidente Lula não pode ir, porque está preso e sem visto? Um absurdo. Independente disso, no meu governo, vamos fazer uma ciclovia ligando Brasília em cada capital da América Latina, para permitir o torcedor ir tranquilamente assistir a final.

Boulos: Claro que somos contra. O meu partido, o PISOL, entende que a Libertadores em decisão única vai favorecer apenas os ricos, que tem dinheiro para viajar. O pobre mal consegue ir no estádio do seu time, como vai viajar pela América Latina? Então vamos criar a cota torcedor de classe baixa, para levá-los a final com o dinheiro dos ricos.

Daciolo: Jesus falou para mim que a Libertadores é uma competição maçônica, e por isso, quando eu for eleito, glória, aleluia, o Brasil vai sair da Libertadores, porque a Libertadores é latina, está ligada a URSAL, aleluia, então sou contra. Durante a Libertadores os times irão para o monte jejuar, como está escrito na bíblia, amém.

– Estamos encerrando o debate produzido pelo Olé do Brasil. Esperamos que a festa de democracia seja respeitada e com direito a olé, lembrando que nada acima é verdadeiro. Obrigado a você que acompanhou até aqui. Boa noite!

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