HOMENAGEM: A história de Paulo Baier

HOMENAGEM: A história de Paulo Baier

Bebê Baier desenhado por um artista desconhecido, em 1478
Bebê Baier desenhado por um artista desconhecido, em 1478

O futebol amanheceu triste no último domingo (06). O mito Paulo Baier anunciou a sua precoce aposentadoria, aos 41 anos – contados apenas neste século. O jogador, que defendeu pela última vez as cores do São Luiz de Ijuí, fez sua despedida contra o União. Em respeito a história desta figura tão importante para o nosso esporte, o Olé do Brasil fez uma retrospectiva deste nobre futebolista. Prepare o lenço de papel e confira!

Nascimento e início de carreira

Paulo César Baier, mais conhecido como Paulo Baier, nasceu em Ijuí, no dia 25 de outubro de mil e cacetada. Faz tempo.

Formado nas categorias de base do Jardim do Éden Esporte Clube, Baier teve uma passagem marcante pelo Clube de Regatas 12 apóstolos, do técnico Jesus, equipe que contava com o polêmico camisa 5, Judas Iscariotes. O meia jogou várias Copas do Mundo da Antiguidade, destaque para a edição de 1000 a.C. Um dos seus grandes feitos foi nunca ter abandonado o esporte, dando apenas uma curta parada durante o grande dilúvio, por falta de gramados de qualidade. Outro destaque da carreira do gênio foi trazer o futebol para o Brasil, onde formou, com Charles Miller, uma dupla de bastante sucesso.

Baier também foi ator! (FOTO: Tarcisio Meira)
Baier também foi ator!
(FOTO: Tarcisio Meira)

Descobrimento do Brasil

O ano era 1500. O garoto Paulo Baier, que completara 22 anos, estava prestes a presenciar um dos principais momentos da história do Brasil. O ex-atleta ainda lembra do dia em que as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral, chegaram ao litoral da Bahia, local onde o gênio curtia férias:

“Estávamos na praia quando chegaram navios de fora. Fiquei muito curioso e fui recepcionar aqueles rapazes. Só depois descobrimos que eram portugueses”, contou certa vez, em tom saudosista.

Baier ainda criticou o termo “Descobrimento do Brasil” e acusou os portugueses de roubarem uma de suas ideias. “Quem descobriu o Brasil foi a nossa turma. Eu, Ceni, Zé Roberto, Magno Alves… Os portugueses chegaram aqui quando a gente dominava. Além disso, eu e o goleiro Harlei demos o nome de Monte Pascoal. Eles roubaram a nossa ideia e saíram espalhando que era deles. Uma palhaçada. Por isso recusei defender Portugal na Copa de 1966, havia muito ressentimento ainda”, finalizou.

Mito já naquela época, Baier jogou um tempo para cada time na partida Amigos de Cabral x Amigos de Caminha.

Primeira chuteira de Baier (FOTO: Charles Miller)
Primeira chuteira de Baier
(FOTO: Charles Miller)

Vida amorosa

Paulo Baier sempre foi reservado, mas recentemente vazaram informações sobre o desabrochar do menino Baier, inclusive com um relato inédito encontrado por arqueólogos. Trata-se de uma carta de amor escrita por Cleópatra, primeira namorada de Paulo Baier, em papiro, na qual se declara ao atacante: “Meu amor, ainda me lembro do dia em que você tinha cabelo. Apesar de você ser um pouco mais velho do que eu, meu amor nunca acabará. Não importa o que a minha família diz, meu destino é ficar com você. E vê se marca um gol para mim, seu lindo”, diz um trecho da carta.

 Criação da CBF

A entidade que regula o futebol brasileiro de maneira questionável teve origem quando Paulo Baier começou a jogar bola no Brasil, junto com seus amigos durante as Capitanias Hereditárias: Rogério Ceni, Zé Roberto, Renatinho, entre outros. As partidas ficaram sérias e diversas figuras importantes assistiam às pelejas, como Pero Vaz Caminha, Tomé de Sousa, Padre Manoel da Nóbrega, entre outros. Essas disputas ficaram conhecidas como o Clube Baier de Futebol, atualmente, CBF. Foi justamente durante uma destas partidas que Jules Rimet observou a genialidade do menino Paulo e o convidou para ser embaixador do futebol no mundo.

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Foi gênio na música também (FOTO: Prince)

Copa do Mundo

Jules Rimet estava tentando criar uma disputa entre os principais países do mundo, mas não conseguia convencer os governantes a criarem uma competição internacional, devido ao clima da Primeira Guerra Mundial. Enquanto estava no Brasil, durante o Carnaval, para se animar com uma bela morena e uma boa água de coco, Jules ficou sabendo do sucesso do Clube Baier de Futebol e, ao assistir às jogadas de Paulo, decidiu que ele deveria rodar o mundo mostrando a magia do futebol e contagiando os países para finalmente ser criada a Copa do Mundo. Paulo rodou diversos países, e em um deles o sucesso foi estrondoso: a Alemanha.

Alemanha

Os alemães não gostavam de futebol. Quando Paulo começou a mostrar suas habilidades em praças públicas, rodando entre as principais cidades, a magia da bola contagiou os germânicos, que descobriram que Paulo veio do Brasil, país na época chamado pelos alemães de “Terra da Bunda”. A partir daí, a alemãozada se apaixonou pelo esporte. Quando os alemães criaram a primeira competição nacional, a homenagem ao Brasil e a Paulo Baier era inevitável: foi criada a Bundesliga e diversos times como o (Paulo) Bayern München e o (Paulo) Bayer Leverkusen. Foi justamente graças ao sucesso no país da cerveja que Paulo Baier foi indicado para o primeiro prêmio do futebol mundial: o Bola de Ouro.

Em 1931, o mundo se rende a Paulo Baier (FOTO: Zé Roberto)
Em 1931, o mundo se rende a Paulo Baier
(FOTO: Zé Roberto)

A primeira Bola de Ouro

O ano era 1931. O mundo ainda sofria com a guerra – cuja verdadeira origem foi uma disputa entre países para nacionalizar Paulo Baier para a futura Copa do Mundo – quando foi criada a ideia de reconhecer os melhores jogadores em todo o planeta.  O prêmio seria chamado “Baier de Ouro”, mas humildemente Paulo pediu para ser chamado de Bola de Ouro, já que, sem a bola, ele não seria nada. Claro que Baier venceu a disputa, ganhando a primeira. Em seu discurso, o jovem Baier disse que não queria mais ser indicado, para permitir que outros jogadores pudessem ser estimulados a jogar melhor e vencer o prêmio. Foi justamente saindo da premiação que Paulo viu um menino triste e disse: “Jovem, não chores. Substitua essa lamúria por alegria nas pernas. Fique com essa bola autografada e comece a jogar.” Esta frase pode ser vista em qualquer biografia não-autorizada de Pelé.

Uma das capas mais famosas de Baier
Uma das capas mais famosas de Baier

Vídeo Game

Em 1994, no auge dos 16 bits, surgiram os maiores games de todos os tempos – ao lado de Pitfall e Pacman – e, simultaneamente, uma das maiores rivalidades do mercado: de um lado, o  Fifa Soccer, da Electronic Arts; do outro, o International Superstar Soccer, da japonesa Konami.

Neste ano, se destacava um menino de 142 anos. Paulo Baier desfilava seu talento e desenvoltura com a camisa 10 do Real Madrid. Brilhando na Europa, na mira de praticamente todos os grandes clubes do Velho Continente e manchete de todos os jornais, Baier chamou a atenção da EA, que criou o jogador perfeito do game com seu nome.

O diretor da empresa, Alex Lalas, disse que a ideia de criar um jogador perfeito foi essencial para a divulgação do jogo: “É um atrativo que se cria, é a criação de um mito. Eu afirmo com absoluta certeza que o Fifa Soccer e o Fifa atual não seriam nada sem o Paulo Baier que foi criado lá em 1994”, disse.

Para bater de frente, a Konami também criou um mito. Sandro Hiroshi, desenvolvedor da empresa, explicou que naquela época tentaram criar um jogador como o Paulo Baier: “O Allejo foi criado para rivalizar com o Paulo Baier, mas era impossível. Primeiro porque o Paulo Baier existia e levava multidões aos estádios, os torcedores já tinham identificação. Segundo porque era impossível igualar a qualidade técnica do jogador da EA”, admitiu.

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Baier puxou o grito (FOTO: Ceni)

Títulos como jogador

Todos, incluindo o de jogador mais bonito da história. Várias vezes.

Aposentadoria

Paulo Baier deixa o futebol precocemente, após apenas pouco mais de cinco séculos como profissional. O gênio já não estava mais desfrutando do esporte e de sua dura rotina, fato decisivo em sua aposentadoria: “Não gosto desse negócio de selfie, de chuteira colorida e caretas. Sou de outra época. Estava deslocado, não me encaixava mais. Por isso, decidi deixar o futebol”, disse.

Todos os jogos realizados no último domingo pelo mundo tiveram um minuto de silêncio em homenagem a Paulo Baier.

Agora falando sério

O Olé do Brasil agradece ao gênio Paulo Baier por todos os ensinamentos e toda a zoeira gerada! Valeu, mito!

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